sexta-feira, 3 de julho de 2015

CÁRITAS DIOCESANA E REDE DE JUVENTUDES REALIZAM RODA DE CONVERSA SOBRE REALIDADES JUVENIS

Neste sábado (04) a Cáritas Diocesana e os representantes da Rede de Juventudes do município de Caicó estarão realizando uma roda de conversa com diversas lideranças jovens, a partir das 14h, no Centro Pastoral Dom Wagner.  A roda de conversa tem como objetivo discutir sobre as realidades da juventude da região, em preparação para o Seminário Estadual de Realidade Juvenis que acontecerá em agosto.
Além dessas temáticas, serão discutidos sobre as conferências de juventude que serão realizadas este ano e os processos de preparação.
Para esta atividade foram mobilizados representantes de
diversas organizações de juventude do município de  Caicó.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

DIOCESE DE CAICÓ REALIZA 2º MÓDULO DA ESCOLA DE FÉ E POLÍTICA






            A Diocese de Caicó, através da Comissão Diocesana para o Serviço da Justiça da Caridade e da Paz, estará realizando nos dias 04 e 05 de julho, no Centro Pastoral Dom Wagner, o seu 2º módulo de formação. O encontro terá como temas  “História Política do Brasil e História dos Movimentos Sociais” que será assessorado por Roberto Jerfesson do Observatório Social do Nordeste, “Participação Social” pela Assistente Social Sandra Rosário e “Redução da Maioridade Penal” com Pedro Rocha da OAB e Augusto Maia da Rede de Juventudes do Seridó.
A Escola Diocesana de Fé e Política é uma iniciativa da Comissão Diocesana para o Serviço da Justiça da Caridade e da Paz da Diocese de Caicó, que visa contribuir com a formação no campo da Fé e da Política, a partir de uma reflexão teológica, bíblica e ética, fomentando uma consciência crítica e transformadora, para a construção de uma sociedade pluriétnica, pluricultural, justa, humana, democrática, solidária e promotora de uma cultura de paz.
A Escola conta com a participação de 50 alunos de diversos municípios da Diocese de Caicó, representantes de pastorais, lideranças comunitárias, movimentos sociais e universidades.
           



terça-feira, 23 de junho de 2015

Cáritas Diocesana de Caicó, lança Edital de seleção para contratação de Profissional de Serviço Social.

I – DAS ATRIBUIÇÕES DA FUNÇÃO:
- Mapear e viabilizar parcerias com órgãos públicos e privados, associações,
universidades e movimentos sociais;
- Estabelecer relação e participar de Conselhos de Políticas Públicas, Fóruns
de Direitos; Redes e Grupos relacionados com o público alvo da Instituição;
- Acompanhar grupos de lideranças, mulheres, catadores de materiais
recicláveis e juventude;
- Realizar visitas e emitir parecer/relatório social;
- Elaborar e construir relatórios e projetos.
 
II – REQUISITOS EXIGIDOS PARA A FUNÇÃO:
- Ter inscrição junto ao Conselho respectivo da categoria;
- Ter experiência mínima de dois anos comprovada na área de atuação (grupos de
lideranças, mulheres, catadores de materiais recicláveis e juventude);
- Ter domínio de conceitos, instrumentais e ferramentas do serviço social de forma
ampla;
- Conhecer a realidade da conjuntura de violação de Direitos Humanos, assim como
os mecanismos de acesso aos principais direitos sociais através das Redes de
Proteção;
- Domínio da linguagem escrita e boa expressão oral;
- Compreender a dinâmica de funcionamento das ONGs, entidades sindicais,
movimentos sociais e organismos governamentais de acesso aos direitos sociais.
- Ter capacidade de trabalho em equipe e de aposta no diálogo social;
- Capacidade de planejar e coordenar eventos; solucionar problemas, mediar
processos decisórios e conflitos; iniciativa e dinamismo;
- Disponibilidade para viagens e participar de atividades fora do município de Caicó
e do Estado do Rio Grande do Norte;
- Ter Carteira de Habitação categoria B.
 
III – CONDIÇÕES SALARIAL E DE TRABALHO:
- Carga horária de 30 horas semanais;
- Salário compatível com o Projeto MISEREOR;
- Contratação sob o regime da CLT por prazo de 34 meses.
 
IV – DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
- Currículo;
- Comprovação de experiência de mínima de dois anos na área de atuação (grupos de lideranças, mulheres, catadores de materiais recicláveis e juventude);
- Comprovação de Carteira de Habitação categoria B.

VI – PRAZOS
- Publicação do Edital
23 de junho de 2015
- Recepção de currículo e comprovação de experiência e Carteira de Habitação categoria B
Até 26 de junho de 2015
- Divulgação do resultado
29 de junho de 2015
- Admissão imediata
01 de Julho de 2015

O currículo e comprovação de experiência e Carteira de Habitação categoria B deverá ser entregue pessoalmente no período de 24 a 26 de junho, das 13h30 ás 17h, na Sala da Cáritas no endereço: Rua Dom Manoel Tavares, 19 – Bairro Paraíba – Caicó-RN (Centro Pastoral Dom Wagner).
 
Caicó-RN, 23 de junho de 2015.
 

Pe. Manoel Pedro Neto
Presidente das Cáritas Diocesana de Caicó


domingo, 14 de junho de 2015

SANTANA DO MATOS LANÇA OFICIALMENTE A COLETA SELETIVA.





A cidade de Santana do Matos através de um convenio com a Cáritas Diocesana de Caicó, garantiu a organização dos catadores de Materiais recicláveis e realiza nesta segunda (15) na Câmara Municipal de Vereadores a solenidade de lançamento oficial da coleta seletiva. A coleta já acontece e está no seu 4º mês de experiência no Bairro Santa Luzia e no centro da Cidade.
A solenidade contara com a presença da Prefeita Lardjane Ciriaco e secretários, Cáritas Diocesana de Caicó, Cáritas da Arquidiocese de Natal, Paroquia de Senhora Santana e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (ASCASAMA). A solenidade terá início às 9h.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Catadores de materiais recicláveis de Caicó são destaques no Jornal El Pais.



A Cáritas Diocesana de Caicó é uma das entidades apoiadoras da nova organização dos catadores(as )em Caicó e Parelhas, no estado do Rio Grande do Norte.

Há vida depois do lixo


Moana Nunes, catadora de materiais recicláveis. / mariana kaipper
Por 23 anos, a vida de Ednalva Belo da Silva, 47, resumiu-se a acordar cedo e trabalhar o quanto o corpo aguentasse no lixão de Parelhas, cidade de 20.000 habitantes no interior do Nordeste brasileiro. Das montanhas de sucata ela muitas vezes tirou alimentos e roupas para si mesma e para os seis filhos, dois dos quais adotivos.

Moana Nunes, aos 19, é bem mais nova que Ednalva. Mas também carrega nas costas longos anos de labuta em um aterro sanitário: depois que o pai abandonou a família, ela começou aos 6 para ajudar a mãe. Até a quinta série, ficava meio período no lixão de Caicó, a 60km de Parelhas. Depois disso passou a trabalhar em tempo integral.

Já faz mais de um ano que Ednalva e Moana saíram dos lixões e hoje se autodenominam “catadoras de materiais recicláveis”. E isso não se trata de uma definição politicamente correta. O trabalho de fato mudou quando as prefeituras locais proibiram o trabalho nos aterros e criaram programas de coleta seletiva, assumidos pelos grupos onde as duas atuam.

Cada uma em sua cidade, hoje elas trabalham em esquema cooperativo. Vestem uniforme. Lidam apenas com lixo seco, sem restos de comida ou outros resíduos orgânicos. Têm horário de trabalho definido. Passam parte do dia na rua – coletando o material – e outra à sombra, em galpões, separando-o para depois vendê-lo para indústrias.

O novo ambiente de trabalho não tem o mau cheiro característico de um lixão, e nele a possibilidade de contrair uma doença é muito menor. No fim do mês, cada associação divide o lucro entre os participantes.

Baque financeiro

Para quem labutou tantos anos em situação desumana, as novas condições trazem inúmeras vantagens – saúde melhor, tempo para estudar –, mas também desafios.

Os catadores ganharam uma visibilidade inédita. Se antes ficavam nos arredores da cidade, agora vão às ruas buscar o material. No início, nem todos os recebiam bem. “O pessoal mandava a gente sair da calçada. Muitos me negaram um copo d’água”, conta Moana.

Outra diferença: a vida nos lixões era extremamente individualista. Quanto mais se conseguisse trabalhar, mais dinheiro os catadores faziam. “E as desavenças eram resolvidas na faca”, lembra o educador popular Joseilson Ferreira, da Cáritas, uma das entidades apoiadoras da nova organização dos catadores em Caicó e Parelhas.

“Hoje os conflitos são outros: se alguém burla as regras, tem que ser punido; se falta ao trabalho, também. Na hora da separação do material, se um separa mais e outro menos, acaba alguém dizendo que o outro não trabalha. Mas a forma de resolver os problemas também muda, passa a ser na base da conversa”, ele continua.

Gerir as próprias atividades – sem esperar que um empresário ou outra pessoa de fora mande fazer – e dividir o lucro também é novidade. Curiosamente, a renda caiu, segundo Moana. Antes a jovem fazia cerca de R$ 1 mil em 15 dias, enquanto hoje consegue faturar entre R$ 600 e R$ 900. Em Parelhas, o baque financeiro foi ainda maior: os catadores tiram em média R$ 215 por mês, rendimento complementado pelo Bolsa Família e por cestas básicas distribuídas pela prefeitura.

Novos planos

“Mesmo assim, a vida da coleta seletiva não se compara à do lixão. Eu era muito isolada, agressiva, porque não aguentava a humilhação feita com os catadores. Hoje gosto de sair, conversar, me reunir com os colegas. Voltei a estudar”, comemora Ednalva.

Ela acrescenta que, com o tempo, cada vez mais a população entende a importância que os catadores têm para o meio ambiente. “Por onde passamos, não existe mais catador rasgando os sacos de lixo para pegar o que interessa e jogando o resto na calçada.”

Já a questão da renda depende de as associações de catadores ampliarem sua área de atuação. Nenhuma delas percorre as cidades por completo, e para fazê-lo dependem de infraestrutura.

Isso está mais perto de se tornar realidade por meio do projeto Rio Grande do Norte Sustentável, que o Banco Mundial financia e é implementado pelo governo do estado. Por meio dele, as associações poderão construir galpões próprios e comprar equipamentos para conseguir processar mais materiais recicláveis. Também receberão assistência técnica e treinamentos técnicos e em gestão dos seus empreendimentos.

“Os investimentos permitirão transformar essas pessoas em legítimos empreendedores socioambientais”, resume Fátima Amazonas, gerente do projeto no Banco Mundial.

O esforço das duas cidades se repete em outras partes da América Latina, como Argentina e Peru. Mas ainda é preciso fazer mais: das 15 milhões de pessoas que ganham a vida recuperando material reciclável no lixo, 4 milhões estão na América Latina, onde pelo menos 75% trabalham de forma insalubre. Estima-se que só no Brasil existam entre 500.000 e 800.000 catadores.

Mariana Kaipper Ceratti é produtora online do Banco Mundial.